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Joana

um mundo cheio de histórias para contar

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06
Dez16

Sinais do coração

Joana Santos
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Novembro terminou com uma tempestade. Nunca estamos à espera de que elas cheguem, pois não? As tempestades têm o dom de nos apanharem completamente desprevenidos, desarmados. Chegam e rapidamente abalam tudo. Põem em causa tudo aquilo que até então tomávamos como certo, fazem-nos questionar decisões e percursos de vida. De repente, é como se tivessemos um milhão de caminhos pela frente, mas, quando os enfretamos, eles são demasiado escuros e cheios de curvas, não nos deixando confortáveis para os seguirmos. Sou uma pessoa que acredita em sinais. Nem sempre os sei escutar, mas sei reconhecê-los quando neles tropeço. E é nestas alturas de tempestade que eles mais me ajudam. Foi assim e continua a ser assim, dia após dia, enquanto tento combater as ondas, os ventos fortes e as chuvas. No útlimo dia do mês, chegou à minha caixa do correio a carta da Mariana, com a sua bonita letra. Soube logo que era uma carta dela: é como se os desenhos no envelope enchem-se de energia o espaço que os envolve. Abri a carta enquanto subia as escadas. Nesse dia tinha pedido muito que um sinal me caísse de algum lado: um sinal que me mostrasse para onde me virar a seguir. Enquanto os meus olhos se encontravam com as palavras saídas do coração da Mariana, soube que aquele era o sinal que tinha pedido. Soube que não estava sozinha. Entre muitos miminhos bonitos, a Mariana escreveu-me a passagem de um dos meus livros preferidos, Vai aonde te leva o coração, da Susana Tammaro. 

"Quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiras-te no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar."

Nesse preciso momento, soube que tinha de parar. De ficar sozinha. De procurar dentro do meu coração as respostas que não posso encontrar em lado nenhum. Acredito que nada na vida acontece por acaso e que nada do que nos acontece é mais do que aquilo que possamos suportar. Estamos onde precisamos de estar. É, possivelmente, a primeira vez na minha vida que não sei exactamente quem sou eu. Para onde vou. Qual é o meu papel no mundo. Mas tenho a certeza de que é este o caminho que tenho de percorrer para me encontrar. Para descobrir as minhas respostas. E para seguir em frente. Depois da tempestade vem a bonança, depois de um furacão há sempre um arco-íris e eu sei que já não falta muito para ele chegar. 

Com amor, 
Joana



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